Bem-vindos


a este vosso novo Blog, tratem-no bem ou mal conforme merecer, mas por favor reajam, participem. Iniciá-lo-emos com a publicação de excertos de um manuscrito original já publicado na Zéfiro editora:

MEMÓRIAS DE UM PSICANALISTA
José Carlos DIAS CORDEIRO


Deixe-me dizer-lhe o que alguém me confidenciou:

... eu tenho tudo na vida mas falta-me a alegria e a paixão de viver.


que pedras terei de mover no tabuleiro do meu dia-a-dia para conseguir surpreender-me de novo, reconciliar-me comigo, com os outros e viver?


Esta é uma questão que o leitor aprenderá a responder. E fá-lo-á com a ajuda de um jovem fascinado pela vida e de seu avô, um psicanalista interessado em escutar palavras, silêncios, dúvidas que todos temos.

Este livro vive de duas experiências:

  • as memórias de um psicanalista

  • a volúpia, única, de pessoas como você conseguirem resgatar-se do fundo de si mesmas e renascerem para a VIDA.

13 julho 2009

20. Subproduto de si


"Sinfonia 1, 3º Mov., Marcha funebre", de Mahler


Recorda-se que, no início, não sabia por que me procurava, apesar de se sentir muito desconfortável na sua pele. Já vai sendo capaz de utilizar as defesas inscritas em toda a matéria viva, de evitar e proteger-se de ambientes hostis. Qualquer animal se protege das enxurradas, do frio ou do calor excessivo, como também se defende dos micróbios. Na sua vida está igualmente munido de capacidades adaptativas que lhe permitem lidar com a realidade, seja ela interior, como a ansiedade, ou exterior, como a exclusão social, a perda de alguém.

Sendo assim, que conversa é essa que o dia hoje correu mal?

Tem-se por algum super-homem, indiferente ao que se passa à sua volta? A partir do que não gosta pode encontrar as vias possíveis do que gosta. O que necessita é mover pedras no tabuleiro da sua vida, como vimos. Saber quais as que tem que mover para sair desse sufoco.

Quando diz que se sente mal, massacrado, é verdade que tem sido muito machucado, mas também por si próprio. Não quer dizer que seja um masoquista que gosta de flagelar-se.

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