"Sinfonia nº9 IV" de Beethoven
Saberá por certo que todos quantos alguma vez se sentiram mal-amados, abandonados, excluídos, se arriscam a passar o tempo a ajustar contas com a vida, violentando-se e aos outros.
Como uma vez mais nos ensina John Steinbeck em A Pérola: numa pacífica aldeia de pescadores perdida na memória dos tempos em remotas paragens, como ainda hoje, aqui e agora, uma qualquer pessoa pobre descobre uma pérola de invulgar beleza e inestimável valor. Os pescadores e suas famílias, que sempre partilharam com alegria os riscos e a dureza da vida de pescadores de pérolas, transformam-se em invejosos rivais. Esta insuspeitável violência, entre as famílias e dentro da própria família, só foi resolvida quando o pescador devolve a pérola ao mar, qual exorcismo do mal! E o que é curioso na noção de mimésis, como na belíssima história de Steinbeck, é que aquilo que une pacificamente as pessoas é uma situação que os aproxima a todos, apesar da extrema pobreza e sacrifícios. Na mimésis como n’A Pérola tudo seria diferente se todos tivessem encontrado pérolas gigantes.
Não é, por conseguinte, a mística miserabilista que salva os desgraçados e pobres humanos, mas a igualdade de oportunidades, boas ou menos boas, para todos.
Como uma vez mais nos ensina John Steinbeck em A Pérola: numa pacífica aldeia de pescadores perdida na memória dos tempos em remotas paragens, como ainda hoje, aqui e agora, uma qualquer pessoa pobre descobre uma pérola de invulgar beleza e inestimável valor. Os pescadores e suas famílias, que sempre partilharam com alegria os riscos e a dureza da vida de pescadores de pérolas, transformam-se em invejosos rivais. Esta insuspeitável violência, entre as famílias e dentro da própria família, só foi resolvida quando o pescador devolve a pérola ao mar, qual exorcismo do mal! E o que é curioso na noção de mimésis, como na belíssima história de Steinbeck, é que aquilo que une pacificamente as pessoas é uma situação que os aproxima a todos, apesar da extrema pobreza e sacrifícios. Na mimésis como n’A Pérola tudo seria diferente se todos tivessem encontrado pérolas gigantes.
Não é, por conseguinte, a mística miserabilista que salva os desgraçados e pobres humanos, mas a igualdade de oportunidades, boas ou menos boas, para todos.
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