"Assim falava Zarathustra" de Richard Strauss
Já reparou, leitora, que convive melhor com os seus afectos. Confrontar-se com as suas emoções, agradáveis ou não, aquece-lhe o sangue e ajuda-a a derreter o gelo que criou ou criaram em si. O facto é que a partida da sua mãe e das suas filhas mexem muito consigo. Todos temos medo do vazio. É por isso que lhe digo, cara leitora, não há alternativa, tem de fazer-se à vida. E sempre que ecoarem avisos de desgraça por desejar desafiar a vida e ousar partir, só lhe resta erguer a cabeça e, desassombradamente, com Pessoa, clamar:
...Mais que o mostrengo, que mia alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme...
de perseguir
E, incessantemente,
Reinventar o Sonho de Viver
Quem não sentiu, já, estes e outros mostrengos dentro de si? É caso para perguntar se a leitora se sente condenada a uma essência de vida pré-estabelecida. Ou, muito pelo contrário, é existindo que cumpre a liberdade de ir escrevendo a vida que deseja para si? Talvez Essência e Existência se não precedam nem sucedam uma à outra. Mas, tão só, mutuamente se contenham, como as faces de uma moeda. E, reciprocamente, interajam. Nem a sua Essência é um qualquer destino predeterminado. Nem, tão pouco, seria possível existir se não nascesse com o seu código genético pessoal de sobrevivência. Não resultará a vida do jogo dialéctico entre Determinismo e Livre Arbítrio? Dialéctica entre o Determinismo do seu programa genético e o Livre Arbítrio de escrever, na convivência com os outros, o seu sentido pessoal de Existir.
...Mais que o mostrengo, que mia alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme...
de perseguir
E, incessantemente,
Reinventar o Sonho de Viver
Quem não sentiu, já, estes e outros mostrengos dentro de si? É caso para perguntar se a leitora se sente condenada a uma essência de vida pré-estabelecida. Ou, muito pelo contrário, é existindo que cumpre a liberdade de ir escrevendo a vida que deseja para si? Talvez Essência e Existência se não precedam nem sucedam uma à outra. Mas, tão só, mutuamente se contenham, como as faces de uma moeda. E, reciprocamente, interajam. Nem a sua Essência é um qualquer destino predeterminado. Nem, tão pouco, seria possível existir se não nascesse com o seu código genético pessoal de sobrevivência. Não resultará a vida do jogo dialéctico entre Determinismo e Livre Arbítrio? Dialéctica entre o Determinismo do seu programa genético e o Livre Arbítrio de escrever, na convivência com os outros, o seu sentido pessoal de Existir.
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