Bem-vindos


a este vosso novo Blog, tratem-no bem ou mal conforme merecer, mas por favor reajam, participem. Iniciá-lo-emos com a publicação de excertos de um manuscrito original já publicado na Zéfiro editora:

MEMÓRIAS DE UM PSICANALISTA
José Carlos DIAS CORDEIRO


Deixe-me dizer-lhe o que alguém me confidenciou:

... eu tenho tudo na vida mas falta-me a alegria e a paixão de viver.


que pedras terei de mover no tabuleiro do meu dia-a-dia para conseguir surpreender-me de novo, reconciliar-me comigo, com os outros e viver?


Esta é uma questão que o leitor aprenderá a responder. E fá-lo-á com a ajuda de um jovem fascinado pela vida e de seu avô, um psicanalista interessado em escutar palavras, silêncios, dúvidas que todos temos.

Este livro vive de duas experiências:

  • as memórias de um psicanalista

  • a volúpia, única, de pessoas como você conseguirem resgatar-se do fundo de si mesmas e renascerem para a VIDA.

17 agosto 2009

32. Justiça do Rei Salomão




"20º Concerto II" de Mozart

O mais sublime fresco do amor de mãe, é-nos dado por Bertold Brecht no seu Círculo de giz caucasiano, levado à cena, entre nós, por João Lourenço, Rui Mendes, Irene Cruz e outros: Duas mulheres reclamam direitos sobre uma criança. Para saber qual delas era a mãe, o Rei Salomão desenha no chão de terra batida uma circunferência com uma vara, pedindo-lhes para se colocarem no interior com a menina, dizendo-lhes: “dentre vós, a que conseguir retirar a criança para fora do círculo, é a mãe”. Precipitaram-se ambas sobre a menina puxando-a contra elas, procurando provar o amor de mãe. Até que uma, larga a criança, ergue os braços aos céus e clama: “minha querida filha!”.

O rei Salomão, emocionado por o seu povo ter conseguido, espontaneamente, chegar à justiça, premiou a mulher que preferiu largar a filha a desmembrá-la, dizendo-lhe “leva a tua filha”.

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